segunda-feira, 30 de junho de 2014

marca Audi

Audi


Audi AG
SloganVorsprung durch Technik
TipoEmpresa é afiliada do Grupo Volkswagen
IndústriaIndústria automobilística
Fundaçãomarço de 1969
SedeIngolstadt Alemanha
Pessoas-chaveRupert Stadler
Empregados52.297 (2006)1
ProdutosAutomóveis

Audi AG é uma empresa automobilística alemã que faz parte do grupo Volkswagen. O grupo Audi AG ainda inclui a Lamborghinie a Ducati.

A origem da Audi

August Horch iniciou no final do século XIX o projeto para a construção de automóveis dando, assim, origem à fundação da marca Horch, na Primavera de 1899, em Zwickau, perto da cidade de Chemnitz. A um ritmo quase alucinante para a época, a Horch produziu cinco modelos diferentes, até 1909. Nesse ano, Horch, devido a divergências com os diretores decidiu abandonar o projeto.
Como Horch perdeu os direitos do nome da empresa então criada, teve que renomear a mesma mas com outra designação. Horch contornou com elegância o problema, adotando como nova marca o seu próprio nome, mas traduzido em latim: Audi. A Audi comercializou em 2006 905.100 veículos.2

Logotipo

As quatro argolas unidas representam as marcas alemãs que formaram a Auto Union, fundada em 1928, quando Jørgen Rasmussen, dono da DKW (Dampf-Kraft-Wagen), comprou grande parte das ações da empresa. Naquele mesmo ano, Rasmussen comprou a falida empresa americana Rickenbacker, a qual produzira modelos com blocos V8, os quais seriam utilizados nas próximas geração da Audi, com os modelos Zwickau e Dresden, lançados em 1929. As quatro argolas surgem quando, em 1932, a Auto Union adquire mais duas empresas: A Wanderer e, curiosamente, a Horch, nascendo o símbolo das Quatro Argolas, originário da fusão entre as quatro empresas de automóvel. Com o fim da II Guerra, houve a separação alemã: nasciam a Alemanha Oriental e a Alemanha Ocidental - respectivamente, Comunista e Capitalista. Portanto, havia duas Auto Unions: a primeira tornou-se uma "Empresa do Povo", uma VEB (Volkseigener Betrieb), onde, concernente ao Comunismo, a empresa passou a ser do povo, cuidada pelo Estado. Curiosamente, a planta da Audi ficava "atrás da cortina de ferro", em Zwickau. Já a segunda, continuou apenas com os modelos DKW, pois a Alemanha sofrera muito com a guerra, e o alemão não poderia comprar nada além de um carro barato. Extinguiam-se, então, a Audi e a Horch, enquanto a Wanderer se dedicou a fabricar outros produtos, como geladeiras.
A Auto Union, então, produzia apenas 2 marcas: a DKW (lado ocidental) e a Ifa (lado oriental), produzindo modelos com motor de 2 cilindros e 2 tempos. Os modelos da Ifa (F9 e F8) eram exatamente os mesmos que os DKW's ocidentais. Durante o nazismo, a empresa usou trabalho escravo de até 3700 pessoas em campos de concentração.3
Até 1964, a DKW estava sob a propriedade da Daimler-Benz, quando a Volkswagen a adquire em definitivo. Era quando havia um novo projeto de motor de quatro cilindros e quatro tempos para o futuro modelo DKW F103, o qual jamais existiu. Sabendo da ligação do DKW ao motor de dois cilindros, a VW decidiu ressuscitar a marca Audi, lançando o DKW F103 sob a marca Audi. Nasce o modelo simplesmente chamado de Audi. Dando continuidade, vieram outros modelos na seqüência: Audi 60Audi 75 e Audi 80, vendidos até 1972.
Em 1969, a Audi Auto Union AG compra a famosa empresa NSU, tornando-se a Audi Auto Unio NSU AG. Com o modelo da NSU K70, a VW lançou seu primeiro modelo com motor refrigerado a água: o Volkswagen K70. Como o modelo da NSU se tornou maior sucesso comercial do que o irmão da VW, esta decide substituí-lo por um modelo oriundo da nova gama de motores da Audi, que deu origem ao modelo Audi 100, o primeiro sucesso mundial da Audi. Nasce, também, o primeiro sucesso mundial com motor refrigerado a água da VW: o VW Passat, que também recebia o famoso motor AP, de origem Audi.
Desde então, a Audi se tornaria uma empresa focada nos carros de luxo, para não haver concorrência com os modelos VW. E a história de sucesso continuaria, assim como tão bem a conhecemos hoje em dia.
alguns tipos de Audi :
















fundador da marca Porsche

Ferdinand Porsche

Ferdinand Porsche
Conhecido(a) porVolkswagen Fusca
Nascimento3 de setembro de 1875
Maffersdorf, Boêmia,
Áustria Hungria Áustria-Hungria
Morte30 de janeiro de 1951 (75 anos)
Stuttgart Alemanha
NacionalidadeÁustria austríaco
Filho(s)Ferdinand Anton Ernst PorscheLouise Piëch
OcupaçãoEngenheiro
Professor Doktor Ingenieur Honoris Causa (Dr. h.c. Ing.) Ferdinand Porsche (Maffersdorf3 de setembro de 1875 — Stuttgart,30 de janeiro de 1951) foi um engenheiro automotivo austríaco famoso durante sua carreira pelos projetos inovadores, e famoso nos dias de hoje pelo desenvolvimento do Volkswagen Fusca. Juntamente com seu filho e equipe, foi responsável pela construção do primeiro Porsche 356 - e pela fundação da própria Porsche, por consequência.
Seu nome é pronunciado em alemão "PORCH-a", e não "PORCH", e parece estar relacionado ao sobrenome checo "Boreš" [boresh] (ou vice-versa).

Juventude

Porsche nasceu em uma família de língua alemã na cidade de Maffersdorf (Vratislavice nad Nisou), região da BoêmiaÁustria-Hungria. Seu local de nascimento é hoje parte da cidade de LiberecRepública Checa. Porsche é mais conhecido pelo desenho do primeiro Volkswagen Käfer (no Brasil conhecido como Fusca, e em Portugal como Carocha) e por suas contribuições ao projeto detanques de guerra alemães, modelos Tiger ITiger II e ElefantAdolf Hitler condecorou Porsche em 1937 com o Prêmio Nacional Alemão das Artes e Ciências, uma das raras condecorações do Terceiro Reich.
Seu filho Ferry Porsche, é o epônimo para os automóveis Porsche, os quais, de início, foram baseados em grande parte no designdo Fusca/Carocha.
Desde muito jovem, Porsche demonstrou grande aptidão para trabalhos mecânicos. Ele teve aulas noturnas na Escola Técnica Imperial (atualmente um ginásio na República Checa) em Liberec, enquanto ajudava seu pai em sua loja durante o dia. Graças a uma indicação, Porsche conseguiu um emprego com Bela Egger em Viena quando tinha 18 anos. Passou a frequentar a Universidade daquela cidade sempre que podia. Excluindo-se as aulas que teve ali, Porsche não teve nenhuma educação superior em engenharia.

Primeiros modelos


Ferdinand Porsche em 1900.
Após 5 anos de trabalho com Bela Egger, Porsche trabalhou com o fabricante de carruagens local Jakob Lohner & Co. Ele se sentira atraído pela nascente indústria automobilística, e Jakob Lohner começou a construir automóveis em 1896 sob o comando de Ludwig Lohner no subúrbio vienense de Floridsdorf.
Seu primeiro projeto, lançado em 1898, foi o C2 Phaeton e ficou conhecido como "Sistema Lohner-Porsche", uma carruagem movida por um motor de combustão interna e com um sistema de direção híbrido, composto de quatro motores elétricos montados nas rodas 1 2 3 . Também conhecido por P1 (Porsche n°1), circulou pela primeira vez em 26 de junho de 1898 e foi um dos primeiros carros licenciados na Áustria. A apresentação oficial do P1 foi na Exposição Universal de 1900 em Paris. A carruagem, que atingia 56 km/h, quebrou vários recordes de velocidade na Áustria, e também venceu o rali de Exelberg em 1901, dirigida pelo próprio Porsche. Posteriormente foi melhorada com motores Daimler e Panhard, mais potentes, que lhe deram outros recordes de velocidade. Mais de 300 carruagens Lohner-Porsche foram vendidas ao público. Em 1905, Porsche foi agraciado com o PrêmioPoetting como o mais destacado engenheiro automotivo austríaco.
Em 1902 Porsche fez o serviço militar. Serviu como motorista ao arquiduque Francisco Fernando, príncipe cujo assassinato desencadearia a Primeira Guerra Mundial na década seguinte.
Em 1906 a Austro-Daimler recrutou Porsche como seu projetista chefe. O veículo mais famoso de Porsche na Austro-Daimler foi construído em 1910, e homenageava o príncipe Heinrich, irmão do Kaiser Guilherme II. Examplares deste modelo aerodinâmico com motor de 85 HP (63 kW) chegaram nos três primeiros lugares, e o modelo tornou-se mais conhecido pelo apelido "Prince Henry" e não por seu nome original, "Modell 27/80".
O principal negócio da Austro-Daimler, porém, era a fabricação de armas de guerra: caminhões, canhões motorizados e aviões. Porsche tornou-se gerente geral da empresa em 1916 e recebeu um grau honorífico de doutor, "Dr. techn h.c." da Universidade Técnica de Viena em 1917 (daí o "Dr. Ing h.c" em seu nome, que significa "Doktor Ingenieur Honoris Causa"). Porsche continuou a construir automóveis de competição com êxito, ganhando 43 de 53 corridas com o seu modelo de 1922. No ano seguinte, saiu da Austro-Daimler após divergências sobre os rumos futuros no desenvolvimento dos automóveis.
Alguns meses depois ele começou a trabalhar como diretor técnico na Daimler Motoren Gesellschaft, em Stuttgart, a qual já na época era um importante pólo automotivo. Ele recebeu outro doutorado honorário da Universidade Técnica de Sttutgart por seu trabalho na Daimler, e posteriormente um título honorário de professor. Ainda na Daimler Motoren, ele desenvolveu diversos projetos de automóveis de corrida, que dominaram as competições dos anos 1920.
Em 1926 a Daimler Motoren Gesellschaft e a Benz & Cie fundiram-se na Daimler-Benz, e seus produtos em conjunto passaram a serem conhecidos como Mercedes-Benz. O conceito de Porsche sobre um automóvel Mercedes-Benz pequeno e de baixo peso, entretanto, não teve aceitação pela diretoria da Daimler-Benz. Saiu da empresa em 1929 e foi para a Steyr, mas a Grande Depressão trouxe o colapso desta última e Porsche terminou desempregado.
Em abril de 1931 Porsche fundou sua própria empresa de consultoria, Dr. Ing. h.c. F. Porsche GmbH, Konstruktionen und Beratungen für Motoren und Fahrzeugbau em Stuttgart, para onde retornou. Sua equipe de trabalho incluía seu filho, Ferry Porsche (Ferdinand Anton Ernst Porsche). O primeiro projeto desta equipe foi o desenho de um carro médio para a fabricante Wanderer. Logo surgiram outros.

O Volkswagen e outros projetos

Conforme o negócio crescia, Porsche decidiu trabalhar em seu próprio desenho, que era uma reencarnação do pequeno carro-conceito de seus dias na Daimler-Benz em Stuttgart. Ele financiou o projeto com um empréstimo do seu seguro de vida. Posteriormente a fábrica Zündapp decidiu ajudar a patrocinar o projeto, mas perdeu interesse após conseguir sucesso com suas motocicletas. Mais tarde a automotiva NSU também decidiu patrociná-lo, porém também desistiu devido aos altos custos. Depois disso, ninguém parecia interessado num projeto desse tipo, até que Adolf Hitler incluiu em sua agenda a idéia de motorizar o país, e que todo alemão deveria ter um automóvel ou um trator no futuro. Em junho de 1934, Porsche conseguiu um contrato para construir três protótipos baseados em seu desenho. Os três carros ficaram prontos no inverno de 1936. ADaimler-Benz foi contratada para construir outros 30 protótipos. Uma nova cidade, "Stadt des KdF-Wagens" próxima a Fallersleben foi fundada para sediar a fábrica. A cidade hoje se chama Wolfsburg e ainda é a sede da Volkswagen.
Mais ou menos nessa época, Porsche desenhou um carro de corridas para a Auto Union a fim de competir com os "Flechas de Prata" (Silver Arrows) da Daimler-Benz. O carro ficou conhecido pelo nome "P-Wagen" e foi tanto inovador quanto bem sucedido.
Ferdinand Porsche se envolveu com a construção da fábrica em Wolfsburg. Ele passou seus projetos de competição para o filho Ferry. Ferdinand também aceitou outros projetos do Terceiro Reich, incluindo o desenho de tanques de guerra tais como o modelo Elefant.

Ferdinand Porsche em 1940.
Após a guerra, em novembro de 1945, Porsche foi solicitado a continuar o desenho do Volkswagen na França e para deslocar a fábrica e seus equipamentos para aquele país como reparações de guerra. Diferenças de opinião dentro do governo francês e objeções da indústria automotiva francesa abortaram esta idéia antes que se iniciasse. Ferdinand Porsche, Anton Piëch e Ferry Porsche foram presos comocriminosos de guerra a 15 de dezembro de 1945. Ferry foi libertado, mas Ferdinand e Anton foram mantidos numa prisão em Dijon por 20 meses sem julgamento.
Enquanto Ferdinand esteve preso, Ferry tentava manter a empresa funcionando. Um contrato com Piero Dusio foi concluído para participação em um "Grand Prix" com o modelo 360 Cisitalia. O carro nunca participou de competições, porém o dinheiro que a Porsche recebeu foi usado para libertar Ferdinand da prisão francesa.
Eles também consertavam carros, bombas d'água e guinchos. A empresa também iniciou um novo projeto, o Porsche 356, o primeiro veículo a ter a marca Porsche. A empresa se localizava em Gmünd, na época território austríaco, onde se instalaram oriundos de Stuttgart a fim de se abrigarem dos bombardeiros aliados. A empresa começou a fabricar o Porsche 356 numa antiga serraria em Gmünd. Eles fabricaram 49 carros inteiramente à mão.
A família Porsche retornou a Stuttgart em 1949 sem saber como reiniciar seus negócios. Os bancos não lhes davam créditos pois as fábricas continuavam sob embargo americano e não podiam ser oferecidas em garantia. Assim Ferry Porsche pegou alguns dos veículos da série limitada do 356 feitos em Gmünd e visitou revendedores Volkswagen para levantar alguns pedidos. Ele solicitou aos compradores que pagassem o valor de um dos veículos como adiantamento. Ele substituiu assim o crédito bancário por adiantamentos de pagamento como fonte de recursos e escreveu uma carta ao diretor do banco agradecendo-o pela recusa.
A versão em série produzida em Stuttgart tinha uma carroçaria de aço soldada a um chassis com plataforma tubular central ao invés da carroceria de alumínio usada na pequena série feita em Gmünd. Quando Ferry Porsche reativou a empresa, ele pensava numa produção próxima de 1500 unidades. Mais de 78.000 Porsche 356 foram fabricados nos 17 anos seguintes.

Final da vida

Porsche foi posteriormente contratado pela Volkswagen para consultoria adicional, e recebeu royalties por cada Volkswagen do Tipo I (Fusca) fabricado. Isto o deixou em situação financeira confortável, pois mais de 20 milhões de unidades do carro foram produzidas.
Em novembro de 1950 Porsche visitou a fábrica da Volkswagen em Wolfsburg pela primeira vez desde o final da Segunda Guerra Mundial. Durante a visita, conversou com o então presidente da fábrica, Heinrich Nordoff, sobre o futuro do Volkswagen Fusca, o qual já estava sendo produzido em grande escala.
Poucas semanas depois, Ferdinand Porsche sofreu um derrame, do qual não se recuperou completamente, falecendo em 30 de janeiro de 1951.
Em 1987 foi incluído no Automotive Hall of Fame. Em 1996 foi indicado para o International Motorsports Hall of Fame, e em 1999 recebeu o título de "Engenheiro Automotivo do Século".
alguns tipos de porsche :









fundador da marca Lamborghini

Ferruccio Lamborghini

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Ferruccio Lamborghini
Engenharia
Dados gerais
Nome de nascimentoFerruccio Elio Arturo Lamborghini
NacionalidadeItália Italiano
Nascimento28 de abril de 1916
LocalRenazzo di Cento
Morte20 de fevereiro de 1993 (76 anos)
LocalPerugia
Atividade
Campo(s)Engenharia
Ferruccio Elio Arturo Lamborghini (Renazzo di Cento28 de abril de 1916 — Perugia20 de fevereiro de 1993) foi umconstrutor de automóveis italiano.

Biografia

Lamborghini era dono de uma fábrica de tratores que leva seu sobrenome, diz-se que ele entrou no ramo de carros de alta performance após divergir das opiniões de Enzo Ferrari, nascendo assim uma das maiores marcas do mundo do automóvel, a marca Lamborghini.

1916

Ferruccio Lamborghini, o protagonista de uma vida feita de coragem, determinação e bom senso, primogénito de cinco irmãos, filhos de Antonio Lamborghini, proprietário agrícola na povoação de Renazzo, a norte da região de Bolonha (Itália), nasce em Cento, a 28 de Abril de 1916, destacando-se no sector de tractores agrícolas e automóveis desportivos de luxo.
Depois de aprender a arte de trabalhar a terra e a maneira esforçada como na época as tarefas físicas exigiam, pela ajuda que cedo começou a dar a seu pai nas tarefas agrícolas do dia-a-dia, com a tenra idade de 14 anos decidiu ir à procura de emprego no ofício para onde mais pendia a sua inclinação profissional. E assim foi parar a Bolonha, onde arranjou colocação como aprendiz de mecânico na Casa Righi, com o vencimento de apenas 15 liras por semana, pois na altura, em pleno "boom" do fascismo, as sanções impostas haviam abalado as pequenas indústrias e outro tipo de empresas.

1936

Em 1936, com 20 anos de idade e já bastante conhecedor dos segredos da mecânica, Ferruccio ingressou no serviço militar, tendo sido destacado para um centro de mecânica automóvel em Rodi, no qual teve ocasião de aprofundar uma série de conhecimentos sobre novas tecnologias aplicadas em motores diesel (muito em voga por altura da 2ª Grande Guerra). Alcunhado pelos colegas como o "Pai Eterno", por resolver sistematicamente os problemas técnicos sem aparente solução, ingressou posteriormente na Força Aérea italiana onde, por sua vez, se inteirou das inovações técnicas deste outro sector em franco desenvolvimento.

1944

Como corolário da sua formação prática em mecânica, o autodidata beneficiou ainda do tempo em que trabalhou em motorizações de veículos bélicos, quando no ano de 1944, na condição de prisioneiro das forças militarizadas britânicas, foi obrigado a trabalhar na qualidade de mecânico —, conseguindo por fim acumular e atingir uma base preciosa de conhecimentos para o futuro destino industrial, recheado de sucessos, que o esperava.
Ao regressar à sua terra natal, depois de acabar a Guerra, uma vez chegado o herói da nossa história resolveu de imediato pôr em acção os seus ambiciosos planos de trabalho.
No pós-Guerra, o Estado italiano havia reunido, em campos fechados, um enorme montão de sucata resultante das sobras de material bélico, que vendia a peso a quem estivesse interessado. Lamborghini, que já havia catalogado mentalmente o que poderia aproveitar para o projecto que tinha em mente, juntando o material usado que lhe convinha realizou engenhosamente o seu primeiro veículo, a partir da escolha que fez nesses depósitos: um híbrido entre o tractor e o automóvel, de velocidade lenta, a que chamou "Carioche". Uma vez concebido e melhorado, o "inventor" começa a construir de raiz o seu próprio "Carioche" e, dois anos depois (1948), já havia fabricado e colocado no mercado 500 unidades, que ao preço de 800 mil liras resultaram num lucro de 150 mil liras por cada "Carioche" vendido.

1949

Com base na experiência adquirida, no ano de 1949 nasce o primeiro tractor genuinamente agrícola da autoria de Ferruccio Lamborghini: equipava com motor Morris da série 6C, de 40 cv, já com elevador hidráulico e outros requisitos de vanguarda para a época. O modelo, bem sucedido, representa o marco da passagem da fase artesanal para a industrial. Confiante no empreendimento, com a ajuda financeira do pai o construtor compra 1.000 motores à Morris, tendo para tanto, da garagem improvisada para o efeito, passado para instalações condignas. Depois de esgotado o stock dos mil motores comprados e com o modelo do trator desenvolvido, Lamborghini começa a montar motorizações de 20 a 50 cv MWM-Benz e, inicia a construção e montagem em série de caixas sincronizadas de 4 a 12 velocidades.
Com uma boa gestão empresarial aliada à qualidade reconhecida dos seus tractores nos principais mercados, os consequentes avultados lucros levaram o construtor italiano a diversificar os investimentos, a partir de uma segunda fábrica, que fundou, dedicada à produção de ar condicionado e de equipamentos para aquecimento central. Nascido sob o signo de Zodíaco (de onde adopta, por símbolo das suas marcas, o touro), Ferruccio Lamborghini, começa a aproximar-se, em fortuna pessoal, aos homens mais ricos do país.

1954

Entretanto, embora dispersando-se por outras actividades industriais, concentrando prioritariamente os seus interesses no negócio dos seus tractores agrícolas, em 1954 o fabricante italiano alarga a sua gama de ofertas com os primeiros tractores de lagartas da marca, de início equipados com motores MWM-Benz, para em séries posteriores passarem a montar já com motorizações próprias Lamborghini (1958). Os primeiros motores de concepção e fabrico Lamborghini desta época motorizaram também os pequenos modelos de tractores de 22 cv, de 2 cilindros, conhecidos por "Lamborgninetta", que no fim dos anos 1950 surgiram no mercado para concorrer com os tractores da mesma classe: os "Piccola" da Fiat, os "Landinetta" da Landini e os "Sametto" da Same.

1962

Na continuação da pesquisa e desenvolvimento, como sempre orientou a gestão das suas empresas, Ferruccio Lamborghini introduz, em 1962, a versão da dupla tracção na sua gama de tractores, o que, acompanhando em evolução os seus concorrentes mais próximos, também contribuiu para aumentar a sua já ampla quota de exportação, ao mesmo tempo que lhe permitiu situar-se no mercado doméstico na quarta posição de vendas, depois da Fiat, da Same e da OM.
Desde sempre apaixonado por automóveis, tendo começado a sua vida por alterar viaturas com aplicações "tuning" e chegado a construir, a partir de um Fiat "Topolino", um carro veloz com o qual concorreu na prova "Mille Miglia" (1948); logo que começou a ter dinheiro de sobra passou a deslocar-se em desportivos de luxo, reunindo na sua garagem MercedesJaguar, Ferrari, entre outros. Para além do empenho que desde sempre dedicou ao sector de veículos agrícolas, a paixão por automóveis levou Ferruccio a construir, com o mesmo nome da marca dos seus tractores, o automóvel que se celebrizou com a designação de "Miúra, símbolo dos touros do mais conceituado criador de gado bravo espanhol Eduardo Miúra (1917) —, lançando no mercado do sector de automóveis de luxo o primeiro Lamborghini, modelo "GTV 350" (apresentado no Salão de Turim de 1963).

1966

Por mais bizarro que possa parecer, da biografia consultada sobre o autor do carro de luxo consta que o aparecimento do bólido Lamborghini se ficou a dever a um problema mecânico que o Ferrari de Ferruccio teve, relacionado com um mau funcionamento da sua embreagem —, uma avaria crônica que, reclamada pessoalmente ao engenheiro Enzo Ferrari na sua fábrica de Maranello, para grande surpresa e contestação do reclamante não foi aceita, tendo tido como resposta: "Você não sabe nada sobre carros, o melhor que pode fazer é passar a deslocar-se em tratores…". E, depois da avaria técnica do Ferrari ter sido solucionada por Ferruccio através da adaptação de uma embreagem Borg & Beck que montava nos seus tractores, e o problema ter ficado final e definitivamente resolvido, o construtor italiano de tractores resolveu transformar mais um dos seus sonhos em realidade. Ferruccio Lamborghini, que já havia mostrado interesse em fabricar um carro veloz desportivo com o seu nome, decidiu uma vez mais diversificar e ampliar o negócio do seu Grupo empresarial, e pondo mãos à obra, por ironia do destino mandou construir uma fábrica moderna e totalmente apetrechada para o efeito, em Sant’Agata, curiosamente situada a poucos quilómetros da fábrica Ferrari de Modena, onde daí viria a ser lançado no mercado (1966), com desenho de Bertone, o famoso "Miura", provavelmente o melhor dos GT (Grande Turismo) daquele tempo, que se tem mantido como tal até aos dias de hoje.
Entretanto, em plena crise generalizada no mercado mundial de tractores, o fabricante italiano recebe um rude golpe quando 5.000 dos seus tractores, prontos para embarcar para a Bolívia, ficaram retidos na alfândega, e depois retornados à fábrica, por impedimento motivado pela súbita morte, por acidente em helicóptero, do então Presidente da República desse país. E a revolução local que em seguida teve lugar, deu origem à anulação da encomenda firmada, o que representou um prejuízo incalculável, que foi posteriormente minimizado pela ajuda preciosa que recebeu do seu amigo Gianni Agnelli.
Entretanto, e como corolário do seu contributo para a economia italiana, enquanto industrial e empresário, Ferruccio Lamborghini seria agraciado com o título de "Cavaliere del Lavoro", pelo Presidente da República de Itália, em 2 de junho de 1969,

1970[

Em 1970, desmotivado com o atrás sucedido, numa altura onde em Itália as greves de trabalho e as conflitualidades sindicais eram uma constante, Ferruccio Lamborghini resolve descansar e viver dos muitos e avultados rendimentos de que já usufruía, vendendo o projecto automóvel a um Grupo suíço e os tractores, ao fabricante da Same. Atualmente a marca automóvel pertence a Lee A. Iacocca, presidente da Chrysler e da Maserati. Os tractores Lamborghini e o que demais fazia parte do seu fabrico, foram comprados nesse ano por Francesco Cassani, pouco antes da morte deste último, com tudo a contribuir, por esta nova forma, para que o bom nome Lamborghini continuasse a perdurar no mundo das máquina agrícolas e dos automóveis de grande luxo.
Por esta altura Ferruccio nomeia Tonino, seu filho único do primeiro casamento, como gestor das suas restantes empresas, o qual, saindo ao pai se dedicou à multiplicação da herança recebida através do fabrico e comercialização de roupas com design Lamborghini, através de uma cadeia de lojas de luxo no Japão.
E voltando às suas origens ligadas à terra, Ferruccio compra uma propriedade que confina com o lago Trasimone, onde num enquadramento paisagístico paradisíaco constrói uma vivenda, que dá o nome à propriedade — La Fiorita —, a condizer em grandeza e bom gosto com o ambiente envolvente, constituído por uma plantação de vinha a perder de vista, implantada a conselho e por orientação dos melhores peritos em vitivinicultura. O vinho produzido, lançado no mercado mundial através da Feira de Verona, com garrafas expostas por cima de automóveis Lamborghini, acompanhado por manequins italianas semivestidas com super mini-saias e decotes arrojados até ao umbigo, a darem a provar aos visitantes um vinho cunhado como sendo "o generoso sangue dos Miúra" foi um sucesso absoluto. A produção desse ano e de anos seguintes, em média a rondar as 800 mil garrafas, foi praticamente toda vendida para exportação e a um preço que só não assusta os muitos compradores de carros da classe dos Lamborghini.
Ferruccio Lamborghini casa em segundas núpcias com Teresa, tendo com ela uma filha, dando a ela o nome de Patrizia. Ferruccio Lamborghini, aos 60 anos de idade, passava os dias a viver a maior parte do seu tempo livre a olhar pela sua propriedade, afinando e reparando os seus tratores ou trabalhando com eles por distracção, combinando, comopassatempo, com os dias e as noites em que recebia, na La Fiorita, a nata da sociedade de Itália e do resto do mundo com quem sempre conviveu e esteve ligado por razões profissionais.
Como tributo à valiosa obra deixada pelo seu pai, Tonito Lamborghini mandou construir, com projecto do reconhecido arquitecto Diversi, em Imola (Ferrara), um museu aberto ao público com as principais e originais produções Lamborghini, como testemunho da contribuição dada à Humanidade pelo autor, no que concerne à invenção e desenvolvimento de produtos ao serviço de causas tão nobres.

1993

Depois de uma longa estrada, em Fevereiro de 1993, com 76 anos chega ao fim a vida de Ferruccio Lamborghini, que por tudo o que fez, com toda a justiça entrou para a História da Mecanização Agrícola, com o seu nome gravado a letras de prata.






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Essa é a Lamborghini Ferruccio: